Abandonada há 5 anos, proposta inicial custou R$ 4 milhões e virou lixão.
Unidade atenderia três cidades no Litoral Sul do Estado.
Um projeto do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) vai tentar
reverter o prejuízo de R$ 4 milhões investidos em um aterro sanitário
que terminou virando lixão em Pernambuco. Com investimento de R$ 1
milhão, a estrutura será reformada e os equipamentos consertados. O
dinheiro virá de uma indústria petroquímica instalada em Suape, situada
no Litoral Sul do Estado, como parte da compensação sócioambiental.
O lixão é o que restou do aterro construído há cinco anos para servir
de modelo, em Rio Formoso, na Zona da Mata Sul de Pernambuco. Um
investimento para acabar com os lixões também dos municípios de
Sirinhaém e Tamandaré, na mesma região. O local que deveria funcionar em
sistema de mutirão foi construído com dinheiro dos governos Federal,
Estadual e Municipal e de ONGS.
Hoje o cenário é de perigo. Crianças descalças trabalham entre
montanhas de lixo, em meio a seringas e lixo hospitalar. Cinco caminhões
despejam a céu aberto 12 toneladas de lixo por dia, sem nenhum tipo de
tratamento.
A maioria dos equipamento precisa de conserto. A esteira de reciclagem,
coberta de ferrugem, virou sucata. Um galpão, que já foi ocupado por 33
catadores de uma cooperativa, está arrendado a uma empresa privada.
“Praticamente a Prefeitura de Rio Formoso assumiu tudo sozinha e ficou
muito difícil, os gastos são muito elevados. Agora o Itep vai capacitar
todos os técnicos de todos os municípios envolvidos. A gente vai
conseguir levar para frente”, explica Gerônimo Lins, engenheiro do Itep.
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