Além dessa medida, para proteção do
animal, o governo do Estado anunciou a instalação de câmeras e a
contratação de novos funcionários para reforçar a limpeza das jaulas
Publicado em 04/10/2011, às 18h36
Do JC Online
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
O
governo do Estado anunciou, nesta terça-feira (4), a interdição do
aquário do Parque Dois Irmãos, onde um tubarão-lixa - espécie ameaçada
de extinção - é mantido num tanque menor do que o recomendado. As
medidas da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), à
qual o parque é vinculado, incluem, ainda, a instalação de câmeras e a
contratação de sete funcionários para o setor de limpeza e manutenção do
zoológico.
A
medida é uma das recomendações da Polícia Civil para coibir o
envenenamento dos animais. Nos últimos dois anos, 10 bichos tiveram a
morte por intoxicação comprovada por laudos do Centro de Assistência
Toxicológica (Ceatox), da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu
(SP). Os últimos foram dois veados, envenenados no mês de junho.
O
número de câmeras não foi revelado. "Por orientação da Secretaria de
Defesa Social, não informaremos a quantidade e os locais onde foram
instalados os equipamentos", diz a diretora do parque, Silvana Silva.
Segundo ela, animais receberão chip ainda este ano, outra medida de
segurança.
O
aquário está interditado desde o dia 1º de setembro. A principal atração
do lugar é um tubarão-lixa fêmea - na lista de peixes e invertebrados
aquáticos ameaçados (Instrução Normativa Nº 5, de 21 de maio de 2004) -
de cerca de 13 anos e 1,9 metro de comprimento. O tanque em que vive tem
4,4 metros (pouco mais que o dobro do seu tamanho), quando o
recomendado é o viveiro ter ao menos três vezes o comprimento do animal.
O
tubarão está no zoológico desde 2007. Foi transferido do Oceanário de
Redinha Nova, em Natal, no Rio Grande do Norte. No local, que até o ano
passado cobrava entrada, vivem também um peixe-elétrico, lagostas e
peixes-palhaços.
Por ano, o parque gasta R$ 14 mil para
alimentar com peixes, polvos e camarões os bichos mantidos em cativeiro.
Uma vez por mês, desembolsa R$ 800 com manutenção de bomba e a
aquisição de água do mar, transportada de Rio Formoso, na Mata Sul de
Pernambuco, num caminhão-pipa.