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28 de outubro de 2012

Aula de geografia aborda extrativismo animal, mineral e vegetal Professor explica que extrativismo significa tirar da natureza o que ela oferece. Período áureo do surto da borracha na Amazônia é lembrado.



Quem passa pela PE-60 próximo ao município de Rio Formoso, na Zona da Mata Norte, com certeza já viu a floresta de seringueiras na margem da estrada. Vem de lá as dicas de geografia do Projeto Educação desta quarta-feira (17).
Extrativismo significa tirar da natureza o que ela oferece. A pesca e a caça são formas de extrativismo animal. "Um tipo de atividade muito presente nos nossos ancestrais até a revolução agrícola há 10 mil anos, quando a sociedade humana começou a produzir alimentos e domesticar animais, que seria a futura pecuária. A caça nos dias de hoje está apenas restrita às comunidades mais primitivas. Já a pesca, por mais que tenhamos mais de oito mil quilômetros de litoral, é uma atividade muito subaproveitada. Talvez por uma questão histórica, no processo de colonialismo, quando o português introduziu certos animais como boi, vaca, búfalos, foram justamente animais que foram aos poucos se tornando uma atividade de consumo", explicou o professor de geografia Vinícius Ribeiro.
Também existe outra forma de extrativismo, o mineral. "É a atividade da garimpagem, onde consiste em extrair minério do subsolo. Na Revolução Industrial, no século 18, o carvão mineral foi a fonte de energia principal para as máquinas a vapor, afinal a Revolução Industrial foi uma grande reviravolta na história da humanidade", comentou o professor.
No Engenho Tinoco, no município de Rio Formoso, tem 100 hectares de seringueiras. Elas são usadas para a extração do látex.
Essa atividade de coleta do látex acontece sempre nas primeiras horas da manhã porque em contato com o calor, o látex endurece e diminui a produção.
Basta fazer um pequeno corte na casca e, em poucos segundos, o látex começa a escorrer. Por mês são retirados dessas árvores, 30 toneladas de látex. A coleta de madeira, raízes e folhas é chamada de extrativismo vegetal.
"No Brasil, entre 1870 a 1912, houve período áureo de surto da borracha na Amazônia, mais especialmente no Acre. O Brasil monopolizava o mercado internacional da borracha. Enfim, o mundo no final do século 19 e início do 20 vivia um processo industrial, afinal a seringueira com o látex era justamente um material que perderia muito para a indústria automobilística. Nesse intervalo os ingleses conseguiram coletar mudas da seringueira, as levaram para suas ex-colônias na região da Índia, Malásia e Indonésia e quando eles superaram a produção brasileira em 1912, de lá para cá houve a derrocada do período do surto da borracha no Brasil", afirmou Ribeiro.

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