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29 de junho de 2010

Famílias afetadas pelas chuvas vão receber auxílio de até um salário mínimo

 
Quem está cadastrado nos municípios em Estado de Emergência ou Calamidade vão receber o auxílio-moradia no valor de R$ 150; famílias que perderam tudo vão receber também o auxílio-reconstrução 

Da Redação do pe360graus.com



 O dinheiro que será usado na recuperação das cidades castigadas pelas chuvas está chegando aos poucos em Pernambuco. O auxílio para as famílias atingidas pode chegar a um salário mínimo por mês.

Já estão na conta do Governo do Estado R$ 75 milhões, que podem ser usados para emergências, como comprar água e comida. Outros R$ 200 milhões devem chegar nas próximas 48 horas. “Nós podemos usar parte desse dinheiro para comprar terrenos em locais altos, onde a água não chega. Assim que a chuva deixar, nós vamos iniciar a terraplanagem e construção de novas casas”, disse.

A verba não vai ser distribuída para as cidades porque muitas sedes de prefeituras estão sem condições de trabalhar. Além de administrar o dinheiro usado para compra de alimentos, limpeza das cidades e reconstrução, o Governo estadual também vai disponibilizar recursos para que as famílias possam recomeçar.

As que estão cadastradas nos municípios em Estado de Emergência ou Calamidade vão receber o auxílio-moradia no valor de R$ 150 por mês. Além disso, as famílias que perderam tudo vão receber o Auxílio Reconstrução, criado para completar o auxílio-moradia. Juntos, os dois podem chegar a um salário mínimo por mês (R$ 510).

O governador Eduardo Campos enviou, nesta segunda-feira (28), à Assembleia Legislativa de uma emenda ao Projeto de Lei do Fundo Especial de Combate às Situações de Emergência e Calamidade (FECSEC), autorizando a criação do Auxílio Reconstrução.

Para receber o Auxílio Reconstrução, os moradores das cidades atingidas pelos temporais deverão estar cadastrados e ainda ter pelo menos um dos seus integrantes participando das ações da reconstrução de moradias, prédios públicos, assistência a desabrigados ou quaisquer outras atividades relacionadas com a Operação Reconstrução.

O Governo também antecipou o décimo terceiro salário de 5.500 servidores que vivem nas 12 cidades que estão em Estado de Calamidade. O dinheiro - R$ 10 milhões - vai estar disponível a partir de sexta-feira.

RECONSTRUÇÃO DAS CIDADES DEVE COMEÇAR EM OITO DIAS
O Governo do Estado já iniciou o trabalho de cadastramento das vítimas. A primeira etapa será feita com as pessoas que estão em abrigos. Numa segunda etapa, o grupo vai procurar os desabrigados que estão nas casas de parentes e de amigos.

O cadastro vai servir de base para a construção de casas para os flagelados da chuva, diz o secretário de Planejamento, Geraldo Júlio (foto 4). “Já foram identificados terrenos em 12 cidades. Dois deles foram desapropriados na última sexta-feira e até a quarta-feira queremos ter terrenos desapropriados nas 12 cidades em estado de calamidade. Terrenos que estão sendo identificados por técnicos e está sendo feito um trabalho de topografia para que possamos colocar essas pessoas em locais seguros.”

Ele informou que as duas áreas já desapropriadas para a construção, em Água Preta e em Palmares, devem começar a ser preparadas para o início da obra em oito dias. Nesta segunda-feira não pudemos chegar até elas porque o acesso, que é pelo centro de Palmares, mais parecia um rio.

O assessor técnico da Companhia de Habitação, Alexandre Lopes, explicou que os terrenos ficam no alto e que a terraplenagem vai resolver o problema de acesso. Será preciso também reconstruir uma ponte.

BALANÇO

Não houve alterações no balanço divulgado ao meio-dia desta segunda-feira (28). O número de mortos continua em 20. As últimas vítimas foram Renata Bezerra da Silva, de 2 anos, no deslizamento de barreira na Linha do Tiro, e a outra foi Leonilson Ferreira da Silva, 34, que morreu na enxurrada no município de Gameleira.

Doze municípios estão em Estado de calamidade pública, 27 em situação de emergência. No total, são 67 municípios pernambucanos afetados pelas chuvas.  O número de desabrigados e desalojados são 26.966 e 55.643, respectivamente.

Segundo a avaliação dos danos que as coordenadorias municipais conseguiram fazer até agora,  o número de casas que foram danificadas/destruídas é de 14.136. Cerca de 4.478 quilômetros de estrada também ficaram comprometidas, assim como 142 pontes.

Um comentário:

  1. REALMENTE É UM GRANDE PASSO DO GOVERNO, MAIS SABEMOS QUE OS GESTORES ATUAIS VÃO SAIR GANHANDO COM ISSO, POIS MUITOS ESTÃO DE CAMAROTE SÓ ESPERANDO PELO DINHEIRO. UM ABRAÇO E PARABENS PELO BLOG ESTA MARAVILHOSO.

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